Classificadas! As 50 melhores camisas de futebol… da HISTÓRIA

O QUE FAZ UMA GRANDE CAMISA DE FUTEBOL?
Infelizmente, a resposta não é “qualquer uma que não a camisa do Norwich de 1992 a 1994”. Ela é o que parece? Quem a vestiu? Que títulos foram vencidos com ela? Ela te faz sorrir? Mareja seus olhos? Bem, é tudo isso e talvez nada disso. Camisas de futebol são entidades completamente subjetivas, muito difíceis de avaliar. Mesmo assim, ainda podemos concordar sobre muitas das belezas que existem por aí.
No livro “The Football Shirts Book” (“O Livro das Camisas de Futebol”, sem tradução no Brasil), Neal Heard se dispõe a celebrar mais do que o mero design. “Acho que é mais sobre compartilhar memórias com as pessoas”, ele diz. “Gosto do fato de que, em todo o planeta, você pode vestir uma camisa e ser parado por alguém que te fará a pergunta imortal: ‘Onde você a conseguiu?’.”

49. EUA, camisa reserva (1994)
Mais lembrada por Alexi Lalas – o gigante com barba de mago para quem uma pontinha como parte do Night’s Watch, de Game of Thrones, ainda deve ser verossímil. Esse uniforme “nada é mais americano” trazia uma estampa de jeans e estrelas gigantes. Era como nada que se tivesse visto até então.

43. NEWPORT COUNTY, camisa titular (2004-05)
Os anos dourados do rap cômico galês. Animados por seus sucessos internacionais “Guns Don’t Kill People, Rappers Do” (Armas não matam pessoas, rappers fazem) e a mordaz crítica social de “Your Mother’s Got a Penis” (Sua mãe tem um pênis), o grupo Goldie Looking Chain (corrente que parece de ouro), de Newport, se tornou patrocinador de seu time no FAW Premier Cup, a Copa Galesa, e colocou um gigantesco GLC na camisa. Com direito à correntona de rapper e tudo.

42. BARCELONA, camisa titular (1982-89)
Outro time com muito poucas camisas ruins em seu catálogo histórico graças a uma combinação fantástica de cores e a uma execução simples. A mais bonita talvez seja a da década em que a marca local Meyba – mais conhecida por seus trajes de banho – fez a camisa.

41. COLORADO CARIBOU, camisa titular (1978)
A NASL (liga norte-americana de futebol) sempre jogou nas fronteiras do aceitável – é o jeitão americano – e nunca mais do que com essa camisa do Caribou. Ela trazia uma franja de rodeio logo abaixo do peito, o que fazia o time de Denver – criado e desfeito no mesmo ano – parecer uma ridícula companhia de dança. Feia pra diabo, mas ainda assim fantástica.

40. FIORENTINA, camisa titular (1992-93)
Foi um ano difícil em campo – a Fiorentina caiu da Série A – e também para os designers da Lotto, que só notaram depois que sua camisa estava lotada de suásticas. O “La Viola” alegou que foi algo acidental, mas a camisa foi tirada de circulação só por prevenção.

38. TAMPICO MADERO (1980-82)
A região de Tamaulipas, no México, é conhecida pelos jaibas, caranguejos azuis muito apreciados na culinária local. Logotipos de garras de caranguejo estão espalhados por todo canto, de bancos de praça a ônibus. Foi apenas natural que o time – apelidado de Caranguejos Bravos – levasse as coisas a um novo patamar.

33. CCCP, a URSS (1970)
A máquina vermelha da União Soviética conseguiu chegar entre os 8 primeiros da Copa de 1970, no México, onde ela foi eventualmente derrotada pelos uruguaios. Ainda assim, ela caiu enquanto parecia ameaçadoramente afiada com seu uniforme simples, completado pelo assustadora vestimenta toda preta do goleiro Lev Yashin.

32. NEW YORK COSMOS (1979)
Desenhado por Ralph Lauren, essa camisa foi a prova cabal de que o Cosmos não era realmente sobre futebol, mas sobre se mostrar no Studio 54 ao lado de Andy Warhol e David Bowie. Ainda assim, o logotipo era brilhante. E, com Carlos Alberto, Franz Beckenbauer e Johan Neeskens todos do mesmo lado, o Cosmos podia jogar um pouquinho, também.

29. ROMA, camisa titular (1981-82)
Outro clube que raramente apresenta uniformes fuleiros – é impossível que aquele esquema de cores e que as imagens de lobo falhem – o ápice do Roma veio em 1981/1982, com seu talento mais elegante, Falcão (apesar de seu mullet encaracolado), supostamente tendo dado seus pitacos no desenho.

28. NIGÉRIA, camisa titular (1994)
Os Super Eagles ficaram em primeiro lugar no grupo D na Copa de 1994 com seu uniforme de padrões africanos da Adidas apenas para nos negar um quinto jogo ao perder para a Itália nas oitavas-de-final. É uma pena que mais times não incorporem influências locais em seus uniformes como a Nigéria fez.

25. ARGENTINA, camisa titular (1986)
Os zagueiros da Inglaterra viram muito a parte de trás dessa camisa enquanto assistiam Diego Maradona passar por eles seguidas vezes ao longo de 90 minutos na Copa de 1986, no México. Uma Copa em que o pequeno gênio argentino deixou todo mundo comendo poeira antes de levantar a taça. Icônica.

24. CORINTHIANS, camisa titular (1982-83)
Essa é carregada de significado político. Em 1982, os jogadores do time de São Paulo, em plena crise – incluindo Sócrates – tomaram o controle das operações diárias, com empregados, jogadores e comissão técnica recebendo direito a um mesmo voto nas decisões. Foi a chamada democracia corintiana. Ah, e ela era incrivelmente bonita, também.

23. FIORENTINA, camisa reserva (1996-97)
Roxo (mesmo que apenas como um detalhe, como aqui) é uma cor difícil de combinar e serve apenas para o casaco da Louca dos Gatos dos Simpsons, mas em Florença eles lhe dirão que é, na verdade, violeta e lhe mostrarão uma foto de Gabriel Batistuta na estica com essa camisa. Bônus para o Super Mario.

22. FRANÇA, camisa reserva (2011-12)
As camisas bretãs, com 21 listras horizontais (para cada uma das vitórias de Napoleão), são usadas pela Marinha francesa desde 1858, foram popularizadas por Coco Chanel em 1917 e ainda são uma parte importante das roupas casuais femininas ou dos trajes de marinheiro de alta costura de Jean Paul Gaultier. Nota máxima para os Bleus por abraçar a tradição com um esforço tão acertado para sua camisa reserva.

20. STOCKPORT COUNTY, camisa titular (1981/82)
Mesmo o mais fervoroso morador das ilhas Falkland acharia difícil negar que a camisa da seleção argentina é uma beleza. É uma pena que a homenagem do Stockport para ela tenha saído de circulação quando a Guerra das Malvinas explodiu no começo daquela temporada.

17. VERDY KAWASAKI, camisa titular (1993-94)
Provavelmente depois de passar o baseado por todo o quartel-general da Mizuno e pirar ouvindo “Anthem of the Sun”, do Grateful Dead, os designers começaram a criar esta maravilhosa camisa psicodélica do time de Tóquio. Como diria Patropi, おとこ(japonês pra “cara…”, caso você já não soubesse).

16. COLÔMBIA, camisa reserva (1990)
Higuita! Valderrama! Escobar! Rincón! Eles podem ter sido um time icônico, mas a Colômbia foi bem furreca na Copa de 1990, na Itália, saindo da fase de grupos em terceiro lugar até sofrer sua eliminação pelas mãos de Camarões. Pelo menos eles pareciam espertos enquanto tomavam uma sova de Roger Milla e companhia nesta camisa de um vermelho vivo, finalizada por barras simétricas chamativas nos ombros.

14. CLUB AMERICA, camisa titular (1994-96)
Parecendo invocar tanto El Cole, o Homem Pássaro da Colômbia, quanto o Carnaval carioca, essa camisa do time mexicano podia facilmente ter dado errado. No entanto, as cores primárias em mais destaque a tornam mais brilhante do que exagerada, enquanto o emblema continental dá o toque ideal.

13. SAMPDORIA, camisa titular (1991/92)
Os uniformes do Sampdoria são sempre sensacionais, mas essa edição, em particular – da temporada em que o time tirou por pouco o Scudetto de Inter de Milão e Milan – é o elegante estilo italiano em seu zênite. E ela ainda foi vestida pelos excepcionais “gêmeos terríveis” – Gianluca Vialli e Roberto Mancini.

12. TOTTENHAM, camisa titular (1985-87)
Bola dentro da Hummel, que bateu o pé em sua crença de que faixas descendentes sobre divisas funcionariam bem. E, por Jeová, funcionaram mesmo: essa camisa supermoderna dos Spurs da metade dos anos 1980 tinha um desenho brilhante, trazendo ainda mais divisas nas mangas e unindo todos estes elementos em uma área compacta. Ossie Ardiles nunca ficou tão bem em um uniforme.

11. MÉXICO, camisa titular (1998)
Um pouco de influência artística local sempre enaltece um uniforme, como é evidente neste caso, com a bem-vinda inclusão do deus asteca Quetzalcoatl – que aparentemente gostava de ficar bêbado tomando suco fermentado de agave e de dançar sensualmente com sua irmã em comemoração.

7. SAINT-ÉTIENNE, camisa titular (1980-81)
Nenhum time teve um “je ne sais quoi” tão sexy quanto o Saint-Étienne. Essa camisa é tão gaulesa que deveria estar de caso com seu vizinho de porta. O uniforme verde – preenchido por um enorme logotipo do patrocinador SUPER TELE, por que não? – ficava “magnifique” nos reis franceses, entre os quais podemos citar Jacques Santini e Michel Platini naqueles anos. Allez les Verts!

5. INGLATERRA, terceira camisa (1990)
Uma camisa que, verdadeiramente, nunca deveria ser admirável. Os diamantes sobrepostos que a Umbro amava às vezes causavam náuseas, mas funcionaram neste caso. Vestida com elegância sem esforço por Bernard Sumner, do New Order, no clipe de “World in Motion”, ela capta muito bem as boas vibrações daquele verão.

3. HOLANDA, camisa titular (1976)
Johan Cruyff era patrocinado pela Puma e arrancou uma das três faixas da inimiga mortal da empresa de sua camisa da Holanda – o que de algum modo a deixou ainda mais bonita. Tanto que ela até hoje é reproduzida apenas com duas listras em vez de três. É, provavelmente, a camisa mais bonita dos “Oranje” até hoje, no jogador mais estiloso do planeta.

2. BOCA JUNIORS, camisa titular (1981)
É difícil pensar em uma união mais perfeita de time, jogador e camisa icônicos: um Diego Maradona de cabelos esvoaçantes que ainda tinha bochechas de bebê quando vestiu a camisa mais legal da Argentina para fazer uma temporada maravilhosa antes de se unir ao Barça.

1. DINAMARCA, camisa titular (1986)
Muitos dos guerreiros nórdicos que venceram a EuroCopa 1992 estavam na Copa do Mundo do México, onde usaram a camisa mais bonita que já houve em uma Copa. Produzida pela Hummel, com sede em Aarhus, na Dinamarca, suas divisas chamativas e as listras fininhas e elegantes funcionaram maravilhosamente.
























